AMBIENTE FESTIVO
Após a belíssima cerimônia do casamento todos os convidados apressaram-se em dirigir-se ao salão de recepções. As boas e más línguas sonorizavam que a festa seria inimaginável. Realmente, a decoração estava impecável. Além da ampla área a estrutura não deixava a desejar. Todas as paredes e portas recobertas e envoltas com cortinas de cetim, misturando-se em tons brancos e prateados, todas detalhadas com finíssimas rendas, cada mesa, em número igual de pessoas presentes, ofertava uma linda lembrança; duas alianças entrelaçadas grafadas com a data e o nome dos nubentes. Os cristais reluziam, não só nos belos lustres como também nos copos e taças, deixando a cor e o aroma das bebidas, servidas por inúmeros garçons, vestidos com uniformes combinando com as cores do salão, ainda mais atraentes. A sonorização era tímida, todos conversavam à vontade, sem precisar alterar o tom de voz, assim foi até servirem o jantar para os mais de quatrocentos convidados. Quando todos já haviam se deliciado com a maravilhosa culinária do buffet mesas e cadeiras perderam seus parceiros para a pista de dança aliás, bem encerada e escorregadia. As horas passavam e ninguém se preocupava com a chegada da madrugada, a bebida se esvaía freneticamente das bandejas, taças e copos, os ânimos de alteravam entre uma música e outra, sandálias começavam a brotar no salão sem os seus pares, gravatas se afrouxavam e o estalar de cristais soavam constantemente. Até que o cerimonial educadamente anunciou o final da festa, agradeceu a presença de todos e entre uma ou outra reclamação, exclamada entre os “pés de valsa”, fez com que a música cessasse. Orientou a equipe da limpeza que iniciasse o trabalho. Lentamente o salão esvaziou-se, foi legal ter participado, sóbrio é claro, porque no dia seguinte a dor de cabeça em muitos deve ter sido motivo de arrependimentos.
Paulo Henrique Nogueira
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